Resistir, construir e avançar são verbos que as mulheres negras carregam consigo historicamente. Da luta contra a escravidão aos tempos atuais, elas fazem a micro e macro política nas ruas e nas arenas públicas.
Assim, no Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha, essa história precisa ser lembrada. Como mostra a célebre frase de Jurema Werneck: “Nossos passos vêm de longe”.
E por que ainda é preciso lutar?
O Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha reforça a luta histórica das mulheres por sobrevivência em uma sociedade estruturalmente racista e machista.
De acordo com o Atlas da Violência de 2022, 66% de todas as mulheres assassinadas no país naquele ano eram negras. Além disso, 63% das casas chefiadas por mulheres negras estão abaixo da linha da pobreza, de acordo com a última Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE.
Contudo, uma vez garantida a vida e superada a miséria, os desafios continuam.
BREVE HISTÓRICO
O Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha foi instituído em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana. O evento surgiu para dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo.
No Brasil, a data homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência do povo negro.
Tereza de Benguela, a grande homenageada do Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha, foi uma líder quilombola que ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão no século XVIII. Após a morte do marido, José Piolho, Tereza assumiu o comando do Quilombo Quariterê e o liderou por décadas. Ficou conhecida por sua visão vanguardista e estratégica.
No Siemaco-Rio é forte a representatividade da mulher negra, através de muitas companheiras, mas especialmente de Fátima Santos, negra e primeira mulher na vice-presidência do Sindicato em 70 anos de existência.
Vamos juntos, companheiras e companheiros, na luta por igualdade, respeito e direitos!